Lembras-te do poema que te li naquela noite tépida de outono
(?)
No lado da noite do dia seguinte em que as horas fugiam do
sono
Aquele sono vazio de sonho, fatigando dois corpos na ânsia
de adormecer
Deitados pelo remédio da redenção, na cama que também se
deita o prazer (?)
Lembras-te como rasguei o silêncio daquele quarto, dos outros quartos, da mesma cama (?)
Um poeta que de súbito se despe da insónia nostálgica, porque
lendo também se ama
Acordei as palavras que dormiam na folha estendida sob o candeeiro
muito iluminado
Li-te a prosa da casa azul, a que não nos deixava adormecer,
apenas um poema acabado.
Lembras-te como sonolenta e séria, ouvias atenta a minha voz declamando baixinho (?)
Só a noite fugida e a madrugada avançada, conheciam tão bem
o que escrevia sozinho
Lindo disseste com um beijo em forma de aplauso, bravo disse o
sono que lá estava afinal
E adormecemos sob quatro estrelas que brilham como um sonho na
constelação universal.
Sem comentários:
Enviar um comentário