Flui baixa a ribeira
cingindo pedras lustrosas
redondas planetárias.
Leito ténue fraco
flácido como vida.
Margens areadas calcárias
num plâncton desmaiado
em fraqueza esverdeada
Água límpida num poço
corre ligeira à foz.
Reflexo de luz solar
Vai-se valetas e moinhos
dando de beber aos pastos.
Donde vens, onde nasces?
Água que cessa serena
preguiçosa no percurso
eterno, circundante
num contorno de curvas
até ao mar.
Maio 2013
© Altino Pinheiro
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