Perguntei-me a mim um dia
Derradeira, dura, justa questão
Instante subtil, vital;
Quem és tu afinal?
Com respostas fartou-me a vida;
Ivasivas, corriqueiras, sorrateiras.
Mentirosas, curiosas, questionáveis,
furiosas, religiosas, banais…
Respostas vãs, assombram o meu ser;
elevado, pensador, cómico, superior...
És terra e carne frágil, arma
quântica,
belo burro genial, molécula filosófica.
E és evolução, sem principio meio e fim,
átomo em revolução, um caos universal…
Um bocadinho de Deus, afinal.
Maio 2013
© Altino Pinheiro
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